sexta-feira, 15 de junho de 2012

Maternidade e outros...

Hoje eu ia deixar para escrever no ônibus o que tinha vivido aqui no trêm. Mas não tem como mesmo, as coisas acontecem sem parar e se deixar passar muito algumas se perdem. Enquanto eu olhava e ouvia o que estava se passando hoje, um rapaz pega um guarda chuva, um verdadeiro famílião e começa a bater no chão sem parar. Fiquei me perguntando, será que isso é algum tipo de comunicação ou é a dança dá chuva dos índios? kkk...
Bem, você pode estar se perguntando o que isso têm a ver com maternidade? Na verdade não tem nada mesmo. Esse título diz respeito ao que mais me tocou na viagem até agora. Hoje voltei de Paracambi com uma amiga que estava de licença por conta de ter tido um filho e estava retornando ao trabalho. Vou precisar fazer uma pausa. Nesse momento tem uma pessoa na minha frente que parece se sentir na sala dá sua casa. Ela simplesmente levantou as duas pernas, esticou no meio do trêm e colocou apoiada no ferro que fica na vertical. Tem noção?
Outra fresquinha, entrou um vendedor aqui em cascadura que além de fornecer o preço do biscoito passatempo, ele dá um grito bem alto assim " VALEEeeee até 2013". Muito bom...kkk.
Voltando ao tema da maternidade. Quando entramos no trêm percebemos bem na nossa frente um bebezinho lindo nos braços do pai. Ele olhava o tempo todo para essa minha amiga e no mesmo instante ela disse "ai que saudade  do Pietro". Falei pra ela, "parece até que ele sabe que você também tem um bebezinho como ele". Que fenô meno será esse? Não sei muito bem, mas havia uma sintonia interessante entre os dois. Passados alguns minutos e percebo que ela está no telefone falando com alguém. Você tem alguma dúvida de quem estava do outro lado? Era Pietro, um bebezinho que ainda não fala como adulto, mas que com simples balbucios mexe com o coração de sua mãe. A partir do momento que ela para para falar com seu bebê o bebezinho do trêm pega no sono nos braços do pai. O que será que aconteceu em? Não dá para precisar, mas essas coisas são intrigantes.
Depois que essa bela família desceu me deparei quase que com a visão do inferno. O brilho nos olhos daquele bebezinho estava ofuscando um sujeito muito esquisito que havia entrado. Ele estava todo de preto, com um cordão de um boi imenso pendurado em seu pescoço e pra completar em seu braço estava estampado bem grande 666. Que ser é esse em? Seria um satanista? Prefiro não valorizar esse lado religioso que acaba ficando bem marcado no imaginário social. O que me chama atenção nele é o sujeito com um desejo imenso de ser olhado pelo Outro.
A pergunta que eu deixo hoje é: O que será que as pessoas enxergam  quando te olham?

Bom fim de semana pra todos.
Guilherme Manhães

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